Inaugurada a Estação Piratiní

Quando: 31/Dezembro/1883, 20:53

Por Rodrigo Netto
11/01/2011 21:27
Atualizado em 19/09/2017 14:41
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A Estação Piratiní, inaugurada no ano de 1884, foi erguida em um terreno doado pelo Cel. José Bernabé de Souza, às margens do Rio Piratiní. 

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A Estação Piratiní, inaugurada no ano de 1884, foi erguida em um terreno doado pelo Cel. José Bernabé de Souza, às margens do Rio Piratiní. 

Com a inauguração dessa estação, as pessoas que viajavam de Rio Grande e Pelotas com destino a Bagé começaram a se interessar pela praia do Rio Piratiní, e logo começaram a organizar pequenas excursões em trens especiais que saíam dessas cidades com destino a estação Piratiní. 

O comércio em ambas as margens começou a prosperar e houve necessidade da construção de uma estação maior, na localidade de Maria Gomes.
 
Quando essa nova estação foi inaugurada (1887), deram a ela o nome de Piratiní, fazendo com que a antiga estação, na margem esquerda, passase a se chamar Estação Cerrito. 

"A respeito da Estação de Piratini, a história conta que quando acabou a Revolução Farroupilha, a cidade de Piratini, que foi Capital da República Farroupilha, foi praticamente abandonada pelo Império e pelo Presidente da Província, como represália. Mas os piratinenses sempre reivindicaram um tratamento melhor, devido ao estado de calamidade, abandono e perseguições por que passava o município. 

O Imperador D. Pedro II determinou pessoalmente, então, que a linha férrea - supremo sinal de progresso, no final do século XIX - que ligaria o porto do Rio Grande à fronteira, em Bagé, passasse por Piratini, a fim de reativar o progresso do município. 

Os governantes do Estado, em represália, não cumpriram a determinação, e passaram a ferrovia a 70 km de Piratini, à margem direita do arroio Santa Maria, na estação de "Ivo Ribeiro" (hoje Pedro Osório), e a chamaram de Estação Piratini. Assim, conseguiram enganar o Imperador e fizeram um desserviço à Capital da República Riograndense, que ficou uma cidade isolada do resto do Estado" 
(Do livro Retrato de Mãe, de João José Forni, 1993).