Prefeitura de Pedro Osório

Atendimentos em saúde podem ser paralisados na Zona Sul

Ato público acontecerá nesta segunda-feira (09) em frente ao Hospital Santa Casa de Rio Grande.

Por Prefeitura de Pedro Osório 2009/2016
07/11/2015 22:11
Atualizado em 18/09/2017 20:36
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“Corremos o risco de perder vidas.” Não há medicamentos para pacientes que sofrem determinadas enfermidades”. “Os transplantados não estão recebendo seus remédios”. “ A traumatologia não tem mais condições de atendimento”. “ Nosso atendimento cardiológico vai fechar em breve”. “ Gestantes que necessitam de cesariana de urgência estão esperando atendimento”. “Há um colapso em nossa saúde pública”.

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“Corremos o risco de perder vidas.” Não há medicamentos para pacientes que sofrem determinadas enfermidades”. “Os transplantados não estão recebendo seus remédios”. “ A traumatologia não tem mais condições de atendimento”. “ Nosso atendimento cardiológico vai fechar em breve”. “ Gestantes que necessitam de cesariana de urgência estão esperando atendimento”. “Há um colapso em nossa saúde pública”.

 

Estes foram alguns dos relatos apresentados pelos prefeitos e secretários municipais de Saúde durante a reunião que a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) realizou nesta quarta-feira (04), em caráter de urgência, para tratar do problema de   atrasos no repasse de recursos para a manutenção de hospitais de pequeno e médio porte, bem como, para os programas de atendimentos à saúde pública. O encontro, realizado na sede da entidade, em Pelotas, definiu pela realização de diversas mobilizações e atos que chamem a atenção da população e do governo do Estado para o problema.

Conforme o presidente da entidade, Eduardo Leite (PSDB), prefeito de Pelotas, a situação mais dramática está sendo enfrentada pelo Hospital Santa Casa de Rio Grande, cujo atraso soma mais de R$ 21milhões e a previsão é de que as portas da instituição fiquem abertas até, no máximo, dia 9 de novembro, quando o complexo hospitalar encerrará todos os atendimentos em função da falta de recursos. “ Este hospital é referência na região para atendimentos de traumatologia, entre outras complexidades. Caso esta previsão seja de fato confirmada, a situação ficará ainda mais delicada. Já estamos mobilizados para buscar a reversão do quadro”, disse.

Ao confirmar a situação, o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), apresentou relatório expondo todas os contratos que estão em atraso e alertou para os problemas enfrentados pelo setor de cardiologia. Ele enfatizou a urgência em priorizar a saúde, sob pena de colocar em risco todos os atendimentos prestados à população.

Entre os encaminhamentos anunciados no encontro da Azonasul, estão agendas com o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo; com o governador José Ivo Sartori; além de estruturação de ações judiciais coletivas para buscar na Justiça o pagamento das dívidas em atraso; encontros com o Ministério Público para apresentar a situação e contatos com os deputados estaduais para sustentar o pleito. Neste sentido, a articulação deverá ser feita pelo deputado Zé Nunes (PT), que coordena a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

ATO – A Azonasul também confirmou a realização de um ato público na próxima segunda-feira (09), às 10horas, em frente ao Hospital Santa Casa de Rio Grande, com a presença de prefeitos, gestores e funcionários da área da Saúde dos municípios da Zona Sul, onde haverá distribuição de materiais informativos e pronunciamentos que expliquem às comunidades os motivos da precariedade de atendimentos expondo as dificuldades enfrentadas pelas administrações com a falta de recursos. “ Não há como arcar com a manutenção dos hospitais. O governo estadual precisa cumprir com suas obrigações”, desabafou a prefeita de Santana da Boa Vista, Aline Freitas (PTB), que viu as portas do único hospital do município serem fechadas no início desta semana.

A Azonasul também solicitará uma memória de cálculos das dívidas do Governo do Estado com os hospitais e chamará o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para discutir a situação.